Arquivo do mês: novembro 2009

Internet e Relacionamentos

Estava pensando outro dia, mais precisamente ontem, sobre como a internet e os meios de comunicação tem o poder de distanciar as pessoas. Isso mesmo: distanciar.

Acredito que a capacidade que ela possui de aproximar as pessoas todos nós já percebemos ou conhecemos. Quando temos alguém especial que mora longe, através dela nos mantemos ” a par” dos acontecimentos e relembramos velhas historias. O mesmo acontece com o telefone, que propicia uma conversa mais rápida sem o “delay” na resposta e ainda é muito usado, apesar da supremacia da internet.

Agora o que muitos não percebem é o fator distanciador desses meios de comunicação. Antigamente, quando não tínhamos nada disso, pelo menos a internet, éramos mais próximos dos nossos amigos, sempre marcávamos saídas de fim de tarde ou encontros na casa de alguem. Isso vem se perdendo por conta dos orkuts e “msn’s” da vida. O sentimento de saudade é falsamente suprido pelo contato virtual, mascarado e jogado em algum canto escuro.

Em suas “bolhas” as pessoas se distanciam das outras mas, mantendo a impressão de ainda estarem contidas em algum meio social, elas gastam boa parte do tempo nesta auto-ilusão, seja por medo de frustrar-se, timidez, ou não ser aceito em determinado grupo.

Podemos perceber vários casos de pessoas que tem dificuldades de comunicação e de relacionamento por que não tem o costume de se comunicar pessoalmente. Poderia ser esse um grande problema a ser encarado pelos psicólogos no futuro? Eu aposto que sim.


Colheita Infeliz?

Hoje, apartir de algum horário desconhecido, para o pânico geral dos viciados em orkut, a Colheita Feliz saiu do ar para alguns updates, como diz a mensagem da mesma:

-A Colheita está sendo modificada. Por favor volte mais tarde.

Um pouco curioso para saber oque se passava, fui à comunidade do orkut referente ao jogo e, para a minha surpresa, encontrei milhoes de pessoas ficando loucas e xingando os administradores; e nenhuma explicação sobre a hora que voltaria ao ar.

Mas oque realmente me chamou a atenção é como as pessoas podem ficar tão viciadas em algo tão simples a ponto de ficarem literalmente trasntornadas quando não o tem. Andei atualizando os topicos da comunidade da Colheita Feliz e nas 2 primeiras páginas, não se via um post com mais de 1m e, na ultima hora, foram 500 posts. Diz a lenda que está fora do ar desde as 4:00 da manhã.

Os mais aficcionados, que gastaram dinheiro real comprando moedas, estão apreensivos com uma historia que anda correndo por ai. Dizem que o administradores do jogo, a empresa Mtek, está sendo processada por algum motivo obscuro e o jogo ficará fora do ar por 1 mês, mas nenhuma fonte foi citada.

Porem não é sobre isso que venho tratar neste post de carater extraordinário. Eu estou é preocupado com a falta de vida social que alguns tem a ponto de ficarem horas flodando topicos em orkut e arrancando cabelos porque seu jogo preferido está fora do ar. Com quase 1 milhão e 400 mil usuarios a Mtek deve estar com os bolsos cheios de dinheiro e com servidores ocupados decorrente da grande demanda que o aplicativo teve no ultimo mês. Fico pensando como seria se servidores de World Of Warcraft e Ragnarok saissem do ar, certamente haveriam casos de suicidio nos quatro cantos do mundo, e quer saber eu estou pouco ligando! =p

Fechem seus Msn, orkuts e jogos eletrônicos e vão viver! Façamos uma campanha prol das atividades físicas e relacionamentos interpessoais.

obs: Não tenho nenhuma confirmação que o nome da empresa responsável pelo jogo é Mtek, até porque nem na descrição do aplicativo tem esta informação.


Perfeição

Perfeição. Algo que é perseguido por todos, mas acho deveras estranho o modo como definem isso:

-Algo sem defeito
-Completo
-Que não necessita ser mudado

Para mim, algo perfeito é o que se ajusta exatamente ao que desejamos. Por exemplo: uma roupa perfeita é aquela que cai bem no seu corpo, que é bonita e passa uma imagem sobre quem você é. Porem, julgo a perfeição variável porque essa mesma roupa, no outro dia, pode não lhe transmitir a mesma impressão. Ela foi perfeita naquele momento.

Necessário essa pequena explanação para chegar realmente no ponto que me interessa: Relacionamentos e perfeição.

Como é de praxe, sempre se conversa sobre o par perfeito e tal; e a maioria das pessoas começa enumerando várias qualidades físicas e posteriormente as psicológicas, assim como tendem a descrever uma pessoa com os gostos os mais parecidos possíveis com os seus. Neste momento que chego eu, o cara que é sempre “do contra”, dizendo que a mulher perfeita é imperfeita, por mais contraditório que isso pareça ser.

Por mais detalhistas que possamos ser em nossa descrição a perfeição sempre soa, para mim, enfadonha e previsível. A perfeição está justamente na duvida, na surpresa, em algo que não podemos controlar. Me lembro agora das palavras da minha amiga Danielle, dizendo que nos apaixonamos pelas pessoas por seus defeitos. Nunca havia percebido o quão certa ela estava. Quantas vezes não nos pegamos pensando justamente naquela pessoa que fica nos enchendo o saco o dia inteiro, que sempre tem uma brincadeira irritante e fica nos provocando raiva. Certamente esses “defeitos” não entrariam em nossa lista de “coisas perfeitas”, mas são eles que dão o ar da graça em nossa vida.


Achados e perdidos

Venho aqui, por meio deste post, deixar o meu desabafo. Incrível como as pessoas conseguem SEMPRE esquecer alguma coisa no meu carro, não sei se tem uma placa, invisível apenas a mim, escrita: Guarda volumes.

Antes de chegar a ultima, e mais constrangedora historia, gostaria de fazer um retrospecto das historias anteriores:

Tudo começou quando esqueceram um pente no carro, que por sinal é dos meus pais, mais precisamente na porta do passageiro. No dia seguinte mamãe vem com uma cara nada amistosa falar comigo, perguntando se o famigerado pente pertencia a alguém que andou comigo, fiz algumas ligações e descobri que sim. Na sequência levei logo uma bronca porque ela semi-brigou com meu pai por conta disto. Tudo resolvido, tudo bem, prometi nunca mais deixar tal fato acontecer, ledo engano.

Umas 3 semanas depois fui para o reviver com minhas amigas, carro cheio de mulher, caos total. Depois das bebedeiras no Chez Moi e todas devidamente entregues sãs e salvas, dou uma checada no carro, coisa que se tornou rotineira, e nada havia sido encontrado. No dia seguinte, como sempre, mamãe, com seus olhos de águia, achou um par de tamancos debaixo do banco. Ficou me questionando de quem era e como alguém poderia ter descido descalço em casa e nem notado, obviamente eu não sabia responder nenhuma das perguntas!

Atenção redobrada, avisos de alerta e operações pente fino me salvaram por alguns meses. Mas como nem tudo é perfeito, um belo dia após deixar minha amiga, ficante na época, encontro um brinco no carro. Faço logo meia volta, ligo para a menina e entrego seu pertence. Indo para casa dessa vez mais tranquilo por enfim ter achado algo antes de mamãe, vou dormir. No outro dia, almoçando tranquilamente com a familia reunida em volta da mesa, escuto a pergunta de praxe, já devia estar até no Control + C, – Allan, de quem é… o brinco que está no carro? Fico confuso por alguns instantes, como assim brinco?, certeza que eu devolvi, será que ela jogou devolta? WTF??? Então percebo o meu engano, brinco veem em pares e eu só havia devolvido 1. Tentei me explicar mas foi em vão, ainda escutei a pérola: Não sei oque você anda fazendo nesse carro. Pior que nem havia feito nada, quanto mais no carro. =T

Nesta altura já havia desistido de prestar explicações e procurar coisas no carro, ainda assim consegui achar um botão de calça =s e outro pente no carro, sempre antes da investigadora profissional, mamãe. Mas esse marasmo não duraria muito. Em uma ida à Litorânea ( praia ) esqueceram uma jaqueta no carro, que passou despercebida por todos, menos por ela. Só ouvi depois: Tem uma jaqueta no carro, viu. Obvio que não vi, mas ouvi o seu aviso, e respondi: É de Nandinha, irmã do meu grande amigo @Sckars. Foi o suficiente para ela não pensar besteiras porque nossas mães são amigas e no final das contas, realmente era.

Agora, nada barrou a minha ultima aquisição: Uma necessarie da Natura, que me foi entregue em mãos pela minha progenitora. A primeira vista fiquei até aliviado, ora essa, não era peça de roupa, não eram objetos pessoais, não era botão de calça… Provavelmente esse foi meu maior engano, o problema estava no conteudo de tal bolsa. Na tentativa de descobrir quem foi a infeliz que deixou isso no carro resolvi abri-la e dar uma vasculhada. Logo de cara vejo 3 pacotes de camisinha, pensei: Ui, nada mal; havia também uma chave de casa, alguém teve que bater na porta para entrar; e um compartimento fechado com zipper. Curioso com a continuidade dos fatos, dei logo uma vasculhada. De cara encontro um livro de bolso, ahhh, a pessoa é culta; que nada, era um Kama Sutra em miniatura acompanhado de mais 3 camisinhas e uma escova de dentes, porque não devemos chegar em casa sem escovar os dentes depois de tudo isso, lógico. Certamente essa minha carona saiu pra noite preparada para o melhor, ausaushaushuashua. E vos digo que nada fiz, prometo, porque não sabia dessas coisas e, principalmente, porque estava “semi-comprometido”.

Agora fico a pensar se minha mãe chegou a dar uma olhada no conteúdo da necessarie. Se não, está tudo bem; se sim, demorarei algum tempo para apresentar a minha namorada a ela. E que venham as novas surpresas e explicações esdrúxulas para fatos dos quais nem desfrutei¬¬